Uma bela surpresa!
Sem querer alongar-me muito mais, até porque acabaria por estragar o vosso visionamento, o director Derek Cianfrance constrói uma história bastante coesa e cheia de surpresas.
É também algo que demora a desenvolver e "pede" bastante atenção ao espectador. Um dos grandes trunfos desta longa-metragem reside no núcleo da acção. Geralmente, este género de filme agarra-se demasiado a uma personagem e acaba por se perder no meio da história.
Felizmente, este não é o caso. O director preocupou-se mais com a construção das personagens do que focar-se simplesmente num ponto - como por exemplo, o plot principal.
Existem várias histórias que acabam por se interligar e decidem o destino de cada um dos personagens. Desta forma, as qualidades do elenco são aproveitadas sem nunca menosprezar ninguém nem prejudicar a história. Infelizmente, a segunda metade do filme perde um pouco da essência inicial e acaba por se tornar previsível. Quanto à prestação do elenco, apenas refiro que existe uma actuação soberba de um rapaz que participou no "Chronicle". Uma pequena nota ainda para a participação do Ray Liotta e outra performance sóbria do Ryan Gosling (mais uma para a caixa). O resto era esperado e não me surpreendeu tanto.
"The Place Beyond the Pines" acaba por ser uma grande revelação. Utiliza cada segundo de uma forma interessante com uma cinematografia brilhante e uma sonoplastia muito agradável.
É um filme mais que recomendado para quem quer passar um bom bocado e merece uma segunda visualização para absorver todos os detalhes.
É um filme mais que recomendado para quem quer passar um bom bocado e merece uma segunda visualização para absorver todos os detalhes.
8,5 / 10