sábado, 22 de dezembro de 2012

[Filme] "The Hobbit: An Unexpected Journey" (2012)


Nove anos após o lançamento do "O Senhor dos Anéis e o Regresso do Rei", chega finalmente a história de como tudo começou. Mas será que valeu a pena a espera?

Mal começa o filme, somos logo transportados para a Terra Média, com as melodias suaves e fantásticas que crescemos a ouvir, os cenários estonteantes e as personagens repletas de detalhes. 
A verdade é que Peter Jackson não apresenta dificuldades em regressar ao ambiente mágico criado por J.R.R Tolkien, pois já é um conhecedor nato das características deste mundo. Os fãs agradecem obviamente. 

É neste sentido que começa a longa-metragem, com a casa de Bilbo a ser invadida por um grande número de anões convocados por Gandalf com o intuito de começarem a sua aventura: Recuperar a sua terra-natal que foi tomada pelo Dragão Smaug. A acção é bastante lenta ao inicio ,algo que já se esperava, mas que ajuda a entrar no ambiente e a perceber melhor a história que decorre ao longo do filme. O enredo vai se construindo de uma forma simples e que culmina num grande plano de peripécias ao longo dos 169 minutos.
Algumas coisas que ficaram por explicar na trilogia do "Senhor dos Anéis" vão sendo explicadas, o que nos ajuda a ter uma ideia de como um poder negro foi crescendo na Terra Média. 

A fotografia está mais uma vez impecável assim como a sonoplastia. Estão presentes as famosas cenas de cortar a respiração e o diálogo engraçado entre Sméagol e Bilbo, que me fez lembrar Hamlet por alguma razão em particular.


No geral, Hobbit é um épico que explora muito bem o universo de Tolkien e nos deixa com água na boca para os dois próximos filmes. Peter Jackson, no meio de tantos problemas de pré-produção, conseguiu criar uma obra-prima. Não se esqueçam que em 2013 sai "The Hobbit: The Desolation of Smaug" e um ano depois, "The Hobbit: There and Back Again".

8/10

domingo, 2 de dezembro de 2012

[Filme] Juno (2007)



Filme premiado e conceituado no universo dos filmes sobre adolescentes, Juno retrata a vida de uma rapariga de 16 anos que vai enfrentar uma gravidez inesperada. Uma brincadeira com o seu melhor amigo que foi longe demais, traz consequências indesejadas.

O primeiro pensamento de Juno é dar o bebé para adoção mal ele nasça, pelo que desde cedo vai tratar desse assunto e descobre um casal que, aparentemente, tem todas as condições para acolher o seu futuro filho. Mas, como sempre, não se trata de algo tão simples quanto aparenta ser, e surgem problemas derivados não só da irreverência da jovem adolescente, como também dentro do lar do próprio casal.

O mais belo e o que nos cativa neste filme, é precisamente Juno, a adolescente que não sabe bem quem é e o que quer, a forma como é abordada, a forma como narra a história e a belíssima atuação de Ellen Page.
Em destaque está também Michael Cera, que interpreta o papel de melhor amigo/namorado de Juno (friendzone alert?), e que transcende para o espetador uma noção de inocência, amor e carinho que nutre pela sua amada.
No geral, todas as personagens estão bem conseguidas, tudo gira à volta de Juno, mas nem isso nos faz cansar da personagem.


Podemos considerar como ponto fraco do filme a falta de aprofundamento na relação entre Juno e Paulie (Michael Cera), o namorado/melhor amigo, que nos deixa sem saber como se chegou ao momento da relação em que ambos se encontram.
Contudo, não deixa de ser um filme original, bem contado/narrado, e com uma bela banda sonora.
 7,5/10.